sábado, 10 de setembro de 2011

ÉTICA - A ESSÊNCIA DO COMPORTAMENTO HUMANO

INTRODUÇÃO


             A proposta governamental para a inclusão dos Temas Transversais como conteúdo educacional-escolar paralelo aos PCNs visa, à princípio, a inter-relação dos comportamentos exercidos pelos indivíduos envolvidos nesse sistema; não no sentido de “nivelar” esses comportamentos, mas, de resgatar, dentro do espaço educacional, atitudes conscientes voltadas para a promoção de um bem-estar social geral. Nota-se, ao examinar os conteúdos já produzidos (e disponibilizados para a pesquisa pública) sobre esses temas (que somam 6), que eles se entrecruzam na medida em que vão produzindo sentido naqueles que os examinam.
            Assim sendo, diante da abrangência desse conteúdo, fez-se necessária uma delimitação para o desenvolvimento dessa ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA. A escolha do tema deu-se, via consenso, entre os membros do grupo de pesquisa e a opção foi a ÉTICA, que no aspecto pragmático da palavra possui forte entrosamento com a realidade social, política e cultural (cultura: conceito antropológico = toda a produção humana = comportamento bom/ruim).
OBJETIVOS GERAIS
            Disseminar para a sociedade em geral (especialmente para a comunidade escolar) esse acréscimo curricular;
            Utilizar os conteúdos já produzidos pelos agentes sociais envolvidos com o sistema educacional para promover debates/seminários entre as comunidades escolares.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
            Reforçar (como proposta social) a necessidade de desenvolver comportamentos conscientemente éticos na interação com o outro;
            Reproduzir, na comunidade escolar, o comportamento socialmente (desejavelmente) convencionado.
JUSTIFICATIVA
            Por ser uma fonte inesgotável de avaliação e pesquisa, e renovável, quando a necessidade de retomá-lo faz-se presente no seio social, o tema Ética se nos mostrou o quanto podemos, através de sua dissecação, produzir saberes inerentes à boa convivência no ambiente educacional. Para tanto, como futuros educadores, a condução do tema para fins de lida educacionais justificou-nos tal “fazer”.

METODOLOGIA
             Buscou-se, à princípio, elaborar a parte teórica do trabalho de pesquisa buscando embasamento nos conteúdos já produzidos principalmente pelos órgãos governamentais, visto que a educação pública é a base da estrutura social da nação brasileira e é fator gerador de preocupação constante nas instâncias dos sistemas educacionais nos âmbitos federais, estaduais e municipais. Enriqueceu-se, ainda, essa parte teórica pesquisando a produção literária do educador Paulo Freire por ser este um dos pioneiros do método educacional fora do ambiente da sala de aula. Num segundo momento, apresentou-se entrevistas feitas com agentes sociais da área da saúde e segurança pública que serão transcritas na sequência.
A IMPORTÂNCIA DO TEMA
            Segundo Paulo Freire “É o direito de todos à vida que nos faz solidários; e é a opção pela vida que nos faz éticos”.
            A ética, não obstante retórica, é tema sempre atual por ser inerentemente humano e norteador dos comportamentos individuais desde os primórdios da espécie humana; tem, portanto, peso social pretensamente somatório na medida em que a retomada de sua significância no âmbito da educação pública nacional serve de justificativa para embasar algumas das propostas governamentais.
            A Carta Constitucional da República Federativa do Brasil, em seu artigo 1º contém o primeiro registro oficial comprobatório da importância do tema “ética” quando refere-se à “dignidade da pessoa humana...” e atrela a esse referente um valor moral. Ainda em seu artigo 3º, entre outros itens, encontramos oficializado em seu parágrafo III: “Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais”;
            Parágrafo IV: “Promover o bem estar de todos”, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.
            No artigo 5º, parágrafo (ou título) III, registra-se: “Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”;
            Parágrafo X: “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas (...)”. E vamos por aí afora. Muito mais se poderia citar em termos de leis, estatutos e normas governamentais, no entanto, esse contingente inicial disponibiliza um leque ampliadíssimo de vertentes nocionais promotoras da condução do processo social. Trazer esse ideal social para a vivência real pressupõe a difusão do conhecimento do mesmo nos ambientes educacionais, pois esses ambientes é que são, por assim dizer, o “segundo habitat” social do indivíduo ainda na sua infância (precedido do seu lar familiar, obviamente).
            Peca-se, no entanto, quanto á disseminação desse conhecimento, e inviabiliza-se com isso a imposição de uma conduta individual pré-concebida socialmente já que na construção dos saberes há a necessidade de se ter esse conhecimento como pré requisito.
            Verificada a abrangência do tema e entendido que ele recobre toda a vivência humana, viabilizou-se um “recorte” para que o mesmo fosse delimitado numa temática sucinta e subjacente ao mesmo. Esse recorte temático tornou possível a elaboração de questionamentos vivenciados diuturnamente pela sociedade e evidenciou o fator “fome” como gerador de condutas antissociais.





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