sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ARTIGO


A ÉTICA NA FOME. É POSSÍVEL?
            Ao pensar no indivíduo ainda na sua infância, conseguir-se-á elaborar uma resposta ou uma solução para tal questionamento ?
            Mediante o levantamento de dados em entrevistas concedidas por agentes sociais atuantes nas instituições de saúde e segurança públicas, verificou-se que a maioria das ocorrências registradas são justificadas principalmente pela privação do direito mais elementar do cidadão comum: o de se alimentar. Entre todos os argumentos apresentados, o que prevalece é a fome.
            Reza a constituição brasileira que o indivíduo seja reconhecido no ato de seu nascimento e, reza o instinto de sobrevivência que, nesse primeiro momento, o primeiro cuidado que se lhe tem é o de por o alimento em sua boca. A partir daí ele passa a existir socialmente; primeiro,          em família, de onde depreenderá os primeiros ensinamentos que o norteará em seu segundo ambiente social: a escola.
            Nesse momento de inserção social, ao invés de romper com o compromisso que tem com esse indivíduo, transferindo-o para o Estado (via escola), a família deve somar-se a este na preparação desse indivíduo (ainda na infância/juventude) para a maturidade, fazendo dele um adulto consciente de seu lugar social como reprodutor de comportamento ético socialmente pré-estabelecido.
            Mas, e se a família de origem desse indivíduo não der conta de suprir-lhe as necessidades mais básicas e elementares como a provisão de seu sustento alimentar diário e de incutir nele uma consciência ética de superação? E, se a própria família não tiver esse comportamento ético de superação como conteúdo para repassar para esse indivíduo e o mesmo chegar à escola desestruturado familiarmente? Como proceder?
            Esse é o momento em que a sociedade (propriamente dita), via agentes sociais capacitados profissionalmente têm a oportunidade de desempenhar suas competências. É nesse momento da vida social desse indivíduo que a figura do “educador” se faz mais necessária. Ele será, a partir daí, o condutor/reprodutor do comportamento individual requerido socialmente, pois, segundo Paulo Freire, considera-se que “a visão de conhecimento que o educador tem, repercute diretamente na sua prática pedagógica”.
O CONCEITO DO TERMO “ÉTICA”: Denotativamente, o termo está assim classificado: “ETHIKÉ. S.F.1. Filos. Parte da filosofia que estuda os valores morais e os princípios ideais da conduta humana. 2. Conjunto de princípios morais que devem ser respeitados no exercício de uma profissão”.
            Ao inquirir-se a proposta conceitual do termo, depara-se com todo o subjetivismo do mesmo. E, por significar subjetivamente, busca-se forma de materializá-lo, torná-lo palpável, sensível. O termo  passa, então, a ter peso real através dos comportamentos (sejam esses bons ou ruins) exercidos pelos indivíduos, passando a significar objetivamente.
AS RELEVÂNCIAS DO TEMA
            A primeira relevância objetiva do tema é que, por viver em sociedade, o indivíduo pressupõe o “outro”. A pergunta que se faz é: Como comportar-se em sociedade? – Se a pergunta é retórica, a resposta, no entanto, é inacabada, uma vez que a vida segue num ciclo ininterrupto, a sociedade não se extingue; ao contrário, renova-se de geração em geração e a ética, por ser um conjunto de princípios morais pré-estabelecido na (e pela) sociedade, tende a nortear o pensar e o agir dos indivíduos nela inseridos e a convergir esse pensar/agir para um “fazer” convencionado socialmente. Ela (a ética) é investida de valores criteriosos e estabelece relações e hierarquias entre esses valores para consensualizar as ações em todos os âmbitos sociais. Enfocada no contexto histórico-social, ela perpassou a humanidade desde o surgimento desta e, na atualidade , onde a explosão demográfica chega aos sete (7) milhões de habitantes ocupando a mesma configuração geográfica, mantê-la com o mesmo propósito para o qual foi instituída é uma proposta desafiadora, visto que ela está internalizada na concepção de mundo de cada indivíduo e todos, indistintamente, requer que ela lhe seja propiciadora de bem-estar físico, psicológico e social.
            A segunda relevância está no fator preponderante de que a demanda de indivíduos comprometidos por degeneração física, psicológica e social, é proporcionalmente relativa à explosão demográfica estatisticamente comprovada. Isso calculado em percentagem, é um número preocupante; sendo a sociedade um organismo vivo, não estanque, constituída por indivíduos ativos, socialmente pressupostos, transige com uma prática coesa entre esses indivíduos, e, ao deparar com uma ocorrência contraditória é necessário que se busque, de imediato, uma resposta corretiva para tal avaria; quando não, a possibilidade de que essa ocorrência comprometa o restante do sistema é iminente.
            A terceira relevância está em considerar que, em algum lugar e momento social, essa ocorrência se deu, instalou-se, e se propaga num ritmo desenfreado, principalmente nos grandes centros urbanos. Verifica-se que o número de moradores de rua (ou indigentes) aumenta todos os dias e as políticas sociais não dão conta de refrear esse processo de degradação humana, desconstruindo a prerrogativa do artigo 5, parágrafo III da Constituição Brasileira, onde requer-se que “ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”.
            É, portanto, nesse momento crítico social que se retoma a ética como tema em evidência e viabilizasse-la como uma costura para a “malha social” cerceada por esse contingente humano “coisificado” e (pior) visto como um “câncer social”.
            Partindo da premissa de que esse contingente humano é constituído por indivíduos que emergem em meio a uma sociedade capitalista por imposição de uma política que segrega, argui-se: “por onde”, “como” e “com o que” começar essa costura?
            Um começo seria considerar o argumento que essa parcela da sociedade apresenta para justificar tais desvios da “conduta padronizada” pelos princípios éticos e, uma vez detectado o fator gerador desses comportamentos, viabilizar propostas que confiram à esses indivíduos uma condição digna e que o reintegre como elemento aceito por essa sociedade que o discrimina enquanto transgressor da ordem convencionada socialmente.
            Se, entre todos os argumentos apresentados no momento de se lavrar uma ocorrência, o que prevalece é o da “fome”,retoma-se, então, o questionamento “começar por onde” a reparação necessária para suprimir tal fator desencadeador desse processo anti-social, a saber, os furtos/roubos praticados por esse contingente desprotegido (descoberto) pelas tantas “leis” elaboradas justamente com o propósito contrário, ou seja, o de resguardar os direitos civis de todo integrante da sociedade brasileira?
            Considera-se que, em havendo  uma constituição Nacional, esta, por princípio,deveria ter, como prioridade, a sua “divulgação” manifestada como um norteador para as práticas sociais;não como um conteúdo “à parte” do currículo escolar (como foi o caso da disciplina de “Educação Moral e Cívica” entre os anos 60/70 do século passado), mas integrante do mesmo e, este então seria o segundo passo (o 1º é a “consideração” do argumento apresentado para justificar os desvios de conduta), uma vez que esse indivíduo carrega consigo um acúmulo de conhecimento desde que começa a tomar ciência da sua existência. Pergunta-se o porquê de disponibilizar o conteúdo da Carta Magna para o indivíduo ainda na sua infância; o mais óbvio é para que ele tenha incluído no acúmulo de seus conhecimentos a proposta socialmente convencionada que o inserirá no seio da sociedade da qual fará (ou já faz) parte durante todo o trajeto de sua vida. E isto porque enquanto criança, a possibilidade de absorção de conhecimento é muito mais efetiva.
            Sabe-se que a fome decorrente da privação de alimento é precedida por outra que tem uma abrangência ainda maior, a saber, a “fome” de conhecimento; e essa, indiscutivelmente, passa pela educação pública. Por isso a necessidade de se organizar um currículo escolar que viabilize a prática da cidadania pelo acesso ao conteúdo das leis como mostra nítida de que a mesma foi pensada para todos, indistintamente. Desse modo, desde o mais alto escalão político/social até o indivíduo considerado “interditado” (ou inimputável) socialmente teriam plena consciência de seus atos, não precisando justificar qualquer situação de delinqüência, uma vez que, via conhecimento, todos teriam acesso às condições mínimas (porém dignas) de sobrevivência, a começar pelo trabalho, que confere essa dignidade à todos quanto primam pelo “pão” conquistado com o suor do próprio rosto e, este (o trabalho), via de regra, é a ferramenta que verdadeiramente confere dignidade ao indivíduo. O trabalho humaniza, e, ao realizá-lo, os  homens  se humanizam.
            Sendo assim, tem-se, nessa interação social , que visa o bem estar de todos, o diálogo entre as classes sociais que se interdependem, e, esse mesmo diálogo que circula nos “espaços sociais” revela as “ideologias” que perpassam a mente humana e alimentam o ego de cada indivíduo. Segundo Paulo Freire, entre os que se empenham em encontrar uma resposta para os males sociais dá-se o consenso de que “os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo”, não havendo, portanto, educação  politicamente neutra, já que toda neutralidade afirmada é uma opção escondida”.
            E diz mais: “Ainda que não se perceba, toda práxis no espaço educacional “ou pende para a libertação/ humanização dos seres humanos ou para a domesticação/dominação dos mesmos”; enfim, ao visar-se uma sociedade ajustadas nos moldes éticos pressuposto por (um) organismo institucional (a Carta Magna) e produzido por indivíduos eleitos (dentro dessa mesma sociedade) para tal “fazer” há que se consensualizar a máxima de que , em sociedade, nada é isolado e a liberdade de expressão só se justifica ao pressupor o “outro”, por isso dizer “ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho; os homens se libertam em comunhão” (citação). Nesse sentido, “pensamento e obra” juntam-se, formando um só tecido (citação).
            Para viabilizar tal proposta de reconstrução social requer-se que as primeiras costuras da “malha” rompida pela conduta degenerativa desses “alguns” dê-se através de interventores (os educadores) envolvidos com o sistema educacional, uma vez que eles ( os educadores)foram (e são) capacitados para atuar nessa instância social, reproduzindo “saberes” (valorados nos espaços sociais) que transformam comportamentos e que, nas mãos deles está o equipamento apropriado para a paralisação da degradação social: a educação pública básica dos discentes infanto-juvenis.
             Dentro do ciclo ininterrupto da vida (num futuro próximo) são esses discentes que conduzirão o “bastão” da educação para os que estão nascendo agora e que ocuparão os bancos escolares; e serão eles mesmos os pais/mães responsáveis por essas próximas gerações e à elas delegarão o conhecimento que estão adquirindo (e acumulando) dos educadores atuais. Percebe-se, então, que o remédio necessário para a cura do câncer social chamado “fome” é produzido no topo da pirâmide social, dentro dos limites governamentais, e que esse remédio tem nome: chama -se “consciência social” (o qual implica um “valor moral”, analogicamente comparado a um espelho, por refletir a imagem daquele que o solicita) e tem de ser patenteada por aqueles que têm diante de si a responsabilidade de produzir a qualidade de vida necessária e inerente a cada indivíduo incluído na sociedade nacional, seja essa inclusão advinda por nascimento ou naturalização, no caso de estrangeiros. Essa consciência social, tal qual “um “espelho” deve refletir uma imagem real, não distorcida, para que, ao dirigir-lhe o olhar, o indivíduo veja-se como está e identifique o que precisa ser mudado em sua conduta pessoal para somar-se ao “social”. Esse indivíduo , ainda na sua infância, tem como parâmetro, ou espelho, o comportamento dos pais e/ou responsáveis; esses o conduzirão em suas primeiras aquisições comportamentais, reproduzidas, posteriormente, nos espaços sociais (escolas, trabalho,...).
            O que justifica o conceito da “ética” estar intrinsecamente “amalgamada” aos conteúdos curriculares é o fato de que, segundo Paulo Freire, a educação do indivíduo (iniciada no ambiente familiar) é continuada no ambiente escolar, impreterivelmente (as exceções são abjetas) e esta (a educação) decorre do fato de “as pessoas serem incompletas e estarem em relação com o mundo e com as outras pessoas; são incompletas desde que nascem, quando é mais fácil perceber isso: não falam, não andam, não reconhecem as pessoas, são totalmente dependentes...” (citação). “...essas incompletudes são superadas mediante uma educação consistente decorrente da “teoria” do conhecimento posta em “prática”, repassada,dividida, repartida”. (citação).
            Essa educação consistente é “dialógica” e a mais poderosa ferramenta pedagógica utilizada para ampliar o nível de consciência do indivíduo, promovendo nele uma nova forma de “pensar e sentir a existência”; propõe-lhe um novo ângulo de visão/percepção – o de que todo o “saber” deve contribuir para o empenho coletivo de transformação da realidade e, principalmente, da superação da miséria que culmina na (já banalizada, considerada normal) “animalização” do ser humano, como retratada no poema “O Bicho”, de Manuel Bandeira.


  A TRANSVERSALIDADE DO TEMA “ÉTICA”
            A “ética”, conceituada subjetivamente, impetra valor moral/social perpassando todos os âmbitos circundantes da esfera terrestre (habitat designado para a vivência humana) e é quesito avaliativo dos comportamentos vivenciais; é, portanto, delimitadora nocional de todos os atos a serem praticados. Em:
TRABALHO/CONSUMO: Ela (a ética) tem no “trabalho” o elemento de transformação da natureza arbitrado com ou sem a consciência da responsabilidade do indivíduo que o impetra. Se “consciente”, retira dela (da natureza) o necessário para a subsistência sem promover a degradação do solo, e a reposição, por replantio, do mesmo. Se “inconsciente”, explora-o com uma visão centrada no lucro indiscriminado, não levando em conta o empobrecimento do mesmo com a adição de aditivos químicos produzidos artificialmente, calcarizando- o e inviabilizando produções (independentemente do que seja) posteriores.No consumo “consciente”, adquire o necessário a sua subsistência diária sem incorrer no excesso que demanda uma produtividade agressiva ao meio ambiente e descamba no desperdício. Ao contrário, o consumo inconsciente consiste na disposição em adquirir e acumular bens que não se fazem necessário à subsistência dos indivíduos, mas que lhes confere uma “ilusão” de status social e/ou poder financeiro.  
A SAÚDE: No sistema público, requer-se dos agentes sociais que o constitui, uma postura profissional em que a “ética” pese para a promoção da vida e bem-estar de todo o indivíduo que a tenha (a saúde) por patrimônio relevante em primeiro plano; na sua ausência (da ética), as condutas profissionais tendem ao descaso e, com isso vê-se, não raro, os casos de “inconsistência” profissional ocasionando óbitos decorrentes de medicação trocada ou intervenções mal sucedidas. Questiona-se quais argumentos justificam a negligência do juramento professo por tais profissionais e os autoriza a priorizar uma vida em detrimento de outra, como se tal escolha fosse compreensível. A ética, nessa instância social (a da saúde pública), mais que uma postura profissional, revela a índole moral que reveste o caráter dos indivíduos que atuam nesse espaço social. Ainda, no espaço escolar, a condução do tema “saúde” entre os discentes precisa ser, no dia a dia, trazido de modo a esclarecer e reforçar comportamentos que viabilizem um ambiente sobretudo limpo e, consequentemente agradável para a prática da convivência e do aprendizado lembrando-os, sempre, de que cada um deve tornar-se responsável, no mínimo, pelo “próprio” bem-estar.
A EDUCAÇÃO SEXUAL: Advindo de lares em que a liberdade é sem limites, muitos discentes, em idades extremamente precoces (sem a menor noção dos próprios atos), incorrem em situações constrangedoras de libertinagem que, independentemente de suas opções sexuais, transigem com uma postura ética ao menos durante o período em que freqüentam um espaço comum à todos: o da escola. Sendo um espaço de caráter “coletivo”, há que se lhes esclarecer quais são as normas e estatutos que regem essa convivência visando a promoção do bem-estar de todos quantos o freqüentam. Os esclarecimentos e as orientações sobre essa prática cada vez mais precoce é necessária, principalmente para protegê-los das conseqüências nefastas decorrentes da não prevenção das DSTs e gravidez, indesejada pela não condição social, financeira e do total despreparo psicológico nessa faixa etária que, por ocorrer nessa fase escolar, pressupõe-se entre os 12/18 anos. Tal qual uma “bola de neve”, não raro são os casos em que adolescentes, ao descobrirem-se grávidas, recorrem ao aborto, pondo-se em risco de morte juntamente com o feto e/ou, numa gradação previsível, recorrem ao uso/consumo de drogas e, por fim, em vista da desproteção familiar, acabam por assumir uma condição de promiscuidade/prostituição como condição de sobrevivência. Ainda, por fazerem parte de uma geração em que a “noção” de família está reconfigurada, importa trazê-los cônscios de que a convivência com essa nova “configuração familiar” é pré-requisito para a inserção nos espaços sociais em todos os seus aspectos: sociais, culturais, políticos, religiosos,... trabalhando-se, dessa forma, a contenção das práticas discriminatórias as quais propiciam uma conduta ainda mais perigosa: o bulling.    
A PLURALIDADE CULTURAL: O Brasil, em sua formação societal teve, desde o princípio de seu povoamento, uma constituição demográfica plural. A somatória dos povos nativos (os índios) com os colonizadores europeus e os negros chegados posteriormente resultou nessa difusão cultural riquíssima não contemplada em nenhum outro lugar do globo terrestre (nem mesmo nos Estados Unidos da América, considerado o “exemplo” de democracia a ser seguido), por um quesito inerentemente brasileiro: a convivência pacífica entre os diferentes grupos que compõem a sociedade geral. Isso confere à pátria brasileira uma singularidade ímpar, que cativa e agrada a todos quanto dela tomam conhecimento pela experimentação da convivência com o nosso povo. Essa realidade justifica para conscientizar alguns que, por algum desvio de informação, sentem-se incomodados por essa pluralidade, podendo citar-se os grupos dos intolerantes sexuais/raciais como os “skimheads” conhecidos, sobretudo, pela truculência com que lidam com os que eles consideram diferentes/inferiores a eles. Combate-se, entretanto,essa prática, por não representar a realidade social brasileira e, é necessário que se reproduza no ambiente escolar a “ética” no convívio com o “diferente” para que se veja nessa diferença uma característica de enriquecimento cultural, fazendo assim   prevalecer  o respeito entre os diferentes grupos e culturas que compõem o mosaico étnico brasileiro.    
MEIO AMBIENTE: O meio ambiente, entendido como espaço físico geográfico, se passível de cuidados necessários para a promoção do bem-estar indispensável à todas as formas de vida (inclusive e principalmente a humana), também deve ser extensivo à “boa convivência dos indivíduos socialmente pressupostos”. O meio ambiente, assim ressignificado, implica  no entendimento de que o espaço social de “um” é determinado pelo espaço social do “outro”. Assim posto, a ética é manifestada na capacidade de convivência entre os indivíduos que compõem os grupos sociais. E esse é, sem dúvida, o “olhar” que deve prevalecer na construção do social. Exemplo real é a observância do considerado “mais frágil”, caso das comunidades indígenas, pressionadas a ceder o seu espaço físico ambiental à reformulação do mesmo para a construção/ampliação das comodidades urbanas em detrimento da natureza em seu estado original e do desconforto dos povos ali abrigados por direitos legítimos. Quer no espaço urbano , quer no conservado natural, legitima-se a ética na observância do equilíbrio tanto ambiental quanto social.



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